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O guia detalhado de Bitcoin que não vai deixar você frustrado

Harsh Maurya Especialista técnico sênior

A maioria das pessoas não entende o conceito e processo do Bitcoin. Nosso extenso guia mergulha no âmago da questão de uma maneira fácil de entender que não vai deixar você confuso ou frustrado.

Você já ouviu falar do Bitcoin?

É quase uma pergunta retórica neste momento, já que o Bitcoin está rapidamente ganhando popularidade e é discutido incessantemente na mídia. No entanto, isso não significa que todos entendam o que é.

Na verdade, a maioria das pessoas não sabe, principalmente devido à natureza técnica da tecnologia subjacente, que pode ser realmente intimidante.

O nosso objetivo neste guia é explicar os conceitos básicos relacionados ao blockchain e Bitcoin de uma maneira fácil de entender. Esse vai ser um guia longo, por isso, dividimos em seções menores.

O conceito de Bitcoin e blockchain inclui muitos termos específicos. Para definições rápidas, você pode fazer referência deste glossário.

1. Como Bitcoin passou a existir

A. Quem inventou o Bitcoin?

O Bitcoin foi inventado por uma pessoa anônima sob o pseudônimo de Satoshi Nakamoto. Em outubro de 2008, ele publicou um artigo e circulou por toda a comunidade criptográfica.

Em 2009, Nakamoto completou o código do software Bitcoin e também convidou outras pessoas da comunidade de código aberto para contribuir com ele.

Ele minou o primeiro bloco em 3 de janeiro de 2009. De acordo com os registros públicos de seus endereços de Bitcoin, ele atualmente possui uma quantia de Bitcoin no valor de mais de US$ 19 bilhões – fazendo dele a 44ª pessoa mais rica do mundo.

Mas ninguém sabe quem é Satoshi Nakamoto. Houve muitas investigações por jornalistas, e especula-se que ele “é” vários estudantes ou celebridades, mas nada foi provado ainda. Pode parecer ridículo, mas alguns até afirmaram que Satoshi Nakamoto é um viajante do tempo do futuro.

O que não está em debate é que, inventando o Bitcoin, Satoshi Nakamoto revolucionou o conceito de dinheiro, resolvendo muitos dos problemas que ocorrem com o uso da moeda tradicional.

B. O problema com a moeda tradicional

Nós todos sabemos como retirar dinheiro de um caixa eletrônico e como comprar um pacote de chiclete. Mas quantos de nós realmente sabe por que essas transações funcionam? Por que todos aceitam que esses discos de metal e tiras de papel tenham algum valor?

Bem, tradicionalmente, a moeda estava ligada a alguma mercadoria física, como o ouro. Então, por exemplo, no ano de 1900, o ouro valia $ 20,67 a onça. Isso significava que o governo dos EUA só tinha permissão para cunhar US$ 20,67 em moeda se tivesse uma onça de ouro nas reservas para respaldá-la. Isso também significava que qualquer detentor de moeda dos EUA poderia ir ao governo e trocá-lo por seu equivalente em ouro.

Nos EUA, este sistema terminou em 1971, quando o dólar americano se tornou uma moeda fiduciária – o que significa que não tem valor intrínseco. Nas últimas décadas, todas as principais moedas do mundo foram convertidas para o sistema fiduciário.

Nesses casos, o valor da moeda é determinado pela oferta e demanda, e é sustentado pela confiança das pessoas na economia. Embora isso permita ao governo promover a estabilidade econômica através dos aspectos de controle da economia, como oferta de crédito, liquidez e taxas de juros, também poderia levar o governo a imprimir mais dinheiro do que deveria – causando hiperinflação.

Outro problema com as moedas fiduciárias é que o fato do sistema ser centralizado significa que requer muita regulação. Em outras palavras, toda transação precisa ser facilitada por um órgão financeiro – por exemplo, uma empresa de cartão de crédito ou um banco – para garantir que ela seja executada corretamente. É por isso que, quando você acessa um caixa eletrônico que não pertence ao seu banco ou quando transfere dinheiro da sua conta para um amigo, muitas vezes você paga uma taxa.

Você pode ler mais sobre moeda descentralizada neste artigo.

C. O Bitcoin resolve os problemas das moedas centralizadas

O Bitcoin visa resolver os problemas associados a moedas fiduciárias.

Usando o Bitcoin, você pode transferir fundos para qualquer pessoa em segundos e com taxas mínimas de transação. Isso é possível porque o sistema Bitcoin é descentralizado.

Em essência, o Bitcoin é um livro distribuído descentralizado no qual todas as transações financeiras são registradas. Este livro é implementado através de uma tecnologia conhecida como blockchain. Cada bloco no blockchain representa uma série de transações. Uma vez que transações suficientes tenham sido realizadas, o bloco é concluído e não pode ser alterado.

Usando este livro público, o Bitcoin visa resolver vários problemas:

  1. Descentralização: A característica mais importante do Bitcoin é que ele é descentralizado, o que significa que não é controlado por uma única autoridade ou pessoa. O código do software é de código aberto e mantido por voluntários. O sistema é executado por uma rede aberta de computadores espalhados pelo mundo. Quem quiser participar pode participar e começar a contribuir.
  2. Anonimato: Ao contrário dos sistemas financeiros tradicionais, o software Bitcoin não precisa saber quem você realmente é. Sua identidade é o seu endereço Bitcoin. Sua capacidade de realizar transações financeiras depende apenas de você ter fundos suficientes em sua conta.
  3. Imutabilidade: A rede Bitcoin e o blockchain básico são imutáveis. Isso significa que, uma vez que uma transação é feita, ela não pode ser revertida. Isso garante que a pessoa a quem o dinheiro foi enviado realmente o receba. Pode-se pensar que isso seria problemático para o comércio eletrônico, onde o comprador precisa ser protegido. No entanto, mesmo com o Bitcoin, isso pode ser conseguido com contas de depósito.
  4. Fornecimento limitado: Moedas fiduciárias tradicionais têm suprimento ilimitado, uma vez que os bancos de reserva podem cunhar tanto dinheiro quanto quiserem. No entanto, o número de Bitcoins que pode ser produzido é de 21 milhões. O valor da moeda é determinado pela demanda e pelo benefício percebido que as pessoas veem nela.

Agora, vamos dar um mergulho profundo para entender como funciona a tecnologia básica do Bitcoin. Para fazer isso, vamos analisar os problemas associados à construção de um sistema monetário descentralizado e ver como o sistema Bitcoin os resolve.

2. O Protocolo Bitcoin

A. O Bitcoin autentica o usuário com uma assinatura digital

Quando você vai a um banco para realizar uma transação, é necessário que você se autentique. Você pode fazer isso com sua carteira de motorista, cartão de segurança social ou sua assinatura manuscrita. De qualquer forma, esses mecanismos existem para que somente você possa retirar ou transferir dinheiro que pertence a você. Se alguém tentar se passar por você, ele será pego (espera-se).

Como foi explicado acima, o Bitcoin utiliza um livro público, no qual todos registram suas transações. Mas o que impede as pessoas de adicionar transações fraudulentas que as beneficiem? Por exemplo, Bob poderia simplesmente adicionar ao livro que Alice lhe enviou dinheiro.

Para evitar isso, as transações são transmitidas para a rede junto com uma assinatura digital.

Uma assinatura digital garante duas coisas:

  1. A mensagem foi enviada pelo remetente designado.
  2. A mensagem não foi adulterada.

Esta assinatura digital é criada usando um algoritmo de hashing e criptografia assimétrica.

Hashing é o uso de um algoritmo que converte de forma irreversível uma entrada em uma saída única de um tamanho fixo. O algoritmo hash usado pelo Bitcoin é SHA256, que significa que a saída – também conhecida como hash, ou digest – é de 256 dígitos binários (ou seja, zeros e uns).

Você pode pensar em hashing como uma técnica matemática pela qual você pode converter um valor de entrada em um valor de saída muito rapidamente. No entanto, quando determinado um valor de saída, é praticamente impossível descobrir o valor de entrada que foi usado para obter o resultado correspondente.

Uma maneira de conceituar isso é metaforicamente, com a entrada sendo farinha, açúcar, ovos, etc., e a saída é um bolo. O algoritmo é o forno que transforma os ingredientes brutos no produto acabado. Depois de ter o bolo, é impossível transformá-lo em ingredientes crus. Também é impossível determinar exatamente quais eram as matérias-primas e quanto de cada uma delas era usada.

Para criar uma assinatura digital, a mensagem transmitida para a rede primeiro precisa ser criptografada. Então, o hash precisa ser criptografado.

Como mencionado acima, o tipo de criptografia empregado pelo Bitcoin é conhecido como criptografia assimétrica – um tipo de criptografia que utiliza o que é conhecido como chaves públicas e privadas.

A maneira como isso funciona é que cada pessoa tem uma chave pública e privada que corresponde uma com a outra. Embora as chaves públicas e privadas possam ser usadas para criptografar uma mensagem, para descriptografá-la, a outra deve ser usada. Em outras palavras, se você criptografar com uma chave pública, ela deverá ser descriptografada com uma chave privada e vice-versa.

A chave privada pertence a uma pessoa e ninguém mais tem acesso a ela. Em contraste, você pode dar a qualquer pessoa sua chave pública. Então diga que Alice quer mandar uma mensagem particular para Bob. Alice criptografa a mensagem usando a chave pública de Bob que ele mesmo lhe deu. Como Bob é o único com sua chave privada, ele é o único que pode decifrá-lo. Se Bob quiser enviar uma mensagem particular para Alice, ele a criptografa usando sua chave pública, e somente ela pode descriptografar a mensagem usando sua chave privada.

Com o Bitcoin, o objetivo não é enviar uma mensagem privada – lembre-se, o livro é público. No entanto, a criptografia assimétrica ainda serve para garantir que a mensagem foi realmente enviada pela pessoa que você acredita que é, e que ela não foi adulterada.

Então, digamos que Alice queira enviar um bitcoin a Bob. Para isso, ela transmite duas coisas para a rede:

  1. Uma mensagem (contendo os detalhes da transação). A transação não é criptografada e contém o link para transações anteriores. Também contém valores de entrada e saída que ajudam a determinar se há fundos suficientes para a transação ser considerada válida.
  2. Uma assinatura digital (ou seja, a mensagem com hash que ela criptografou com sua chave privada)

Bob então autentica a transação por:

  1. Aplicação do algoritmo de hash à mensagem. Isso deixa ele com Hash A.
  2. Descriptografa a assinatura digital criada por Alice usando a chave pública de Alice. Isso deixa ele com Hash B.

Como os dois hashes são derivados da mesma mensagem, eles devem ser os mesmos. Se forem, isso prova que a mensagem não foi adulterada. E como Bob conseguiu descriptografar a mensagem com hash usando a chave pública de Alice, e Alice é a única com acesso à chave privada dela, ela também garante que a mensagem veio dela.

B. Como a Bitcoin armazena informações

Outro problema potencial com uma rede descentralizada como o Bitcoin é o armazenamento.

Onde podemos armazenar os saldos de todos e os históricos de transações?

Nos sistemas centralizados convencionais, existem servidores dedicados pertencentes e mantidos por instituições financeiras, como bancos, que armazenam todos os dados. Embora esses dados devam ser altamente seguros e confidenciais, nos últimos anos, tem havido vários casos de hackers obtendo acesso a essas informações.

No sistema Bitcoin, não há autoridade única que controle os dados. Em vez disso, todas as informações são públicas.

O Bitcoin faz isso empregando uma rede distribuída peer-to-peer. Os dados são distribuídos por milhares de computadores participantes, conhecidos como nós, conectados pela Internet. Cada nó tem acesso ao livro (ou blockchain), que é atualizado toda vez que uma nova transação (ou bloco) é adicionada.

Essas transações são realizadas de acordo com um conjunto de regras, conhecido como o protocolo Bitcoin.

C. Como as transações são realizadas

Suponha que Alice queira enviar um Bitcoin para Bob.

Primeiro, precisamos verificar se Alice realmente possui pelo menos um Bitcoin. Na rede de blockchain, não há uma entrada única onde você possa ver a quantidade de moeda que uma pessoa possui. Em vez disso, o saldo é obtido calculando todas as transações anteriores, conhecidas como a cadeia de transações.

Quando você faz o download do software Bitcoin pela primeira vez, recebe uma cópia completa da cadeia de transações (por isso, o download pode levar até 24 horas). Depois de ter a cadeia de transações, é fácil determinar o saldo atual de Alice.

Uma vez verificado que Alice possui Bitcoin suficiente para fazer a transação, o próximo passo é transmitir a mensagem da transação. Esta mensagem contém os endereços do remetente e do destinatário, o valor transferido e uma assinatura digital criada pelo remetente. Quando transmitido publicamente, qualquer nó da rede pode retransmitir a mensagem e buscá-la para execução.

Antes de ser executada, a transação é adicionada a um conjunto de transações não confirmadas, conhecido como um conjunto de memórias (ou seja, pool de memória). De lá, é pego pelos miners.

Os miners são basicamente os mediadores que validam as transações. (Isso será explicado em mais detalhes abaixo) Uma vez que a transação é validada, o miner a adiciona ao bloco mais novo. Um bloco tem um tamanho fixo, portanto, após um certo número de transações, um novo bloco deve ser criado. O bloco atual está ligado ao bloco anterior, formando uma blockchain.

Mas quem decide quais transações devem ser adicionadas ao último bloco?

Normalmente, os miners são livres para escolher ou deixar qualquer transação que desejarem. Para incentivá-los a escolher o seu, você pode pagar uma pequena parte da transação. Isso, no entanto, não deve ser visto como necessário, já que os miners têm outro incentivo para fazer blocos, conhecidos como recompensa em bloco.

Sempre que um novo bloco é adicionado à cadeia, o miner que o envia é recompensado com o novo Bitcoin. O valor exato mudou ao longo do tempo e diminui à medida que a rede cresce. As recompensas de bloco são a maneira natural do sistema de cunhar dinheiro novo.

Quando a transação se torna parte do blockchain, é oficialmente executada.

D. Como os blocos são validados

Acima discutimos como as transações recém-verificadas são adicionadas a um bloco, que é então adicionado ao blockchain existente. Mas como sabemos que as novas transações são legítimas?

Os miners devem realizar o proof-of-work (PoW).

Essencialmente, o proof-of-work é o conceito de acordo que a versão mais confiável do livro é aquela que teve o trabalho mais computacional aplicado. O Proof-of-work exige que os dados sejam difíceis e demorados para serem criados, mas fáceis e rápidos de validar.

Isso é feito usando a técnica de hashing discutida na seção sobre assinaturas digitais. Como você se lembra, um hash é criado executando um algoritmo em uma entrada para criar uma saída de um comprimento fixo.

Aqui, os miners devem resolver um quebra-cabeça matemático para adicionar seu bloco ao blockchain existente, e esse quebra-cabeça leva algum tempo para ser resolvido. Especificamente, esse quebra-cabeça é adivinhar uma entrada que resultará em um hash que começa com um certo número de zeros.

Veja aqui como isso funciona:

Digamos que um miner esteja trabalhando em um bloco. No topo deste bloco está o hash do último bloco no blockchain. Abaixo estão todas as transações que o miner pegou. Abaixo disso, o mineiro acrescenta um número, chamado nonce. Então ele executa um algoritmo de hash em todo o bloco.

Como mencionado acima, seu objetivo é obter um hash que comece com um certo número de zeros. Se você lembrar, se a entrada mudar mesmo que levemente, isso resultará em uma saída completamente diferente. Isso significa que, para obter o número correto de zeros, o miner precisa de um número muito específico na parte inferior. Então, como o miner sabe qual número colocar lá?

Ele não sabe.

Ele não tem escolha a não ser adivinhar aleatoriamente números diferentes até obter o hash certo. Qualquer que seja o miner que consiga fazer isso, primeiro terá seu bloco adicionado ao blockchain.

De acordo com o protocolo Bitcoin, todo esse processo deve levar cerca de 10 minutos. Como há constantemente novos miners com quantidades diferentes de poder computacional, o número de zeros necessários mudará periodicamente.

Esse processo não apenas permite que novos blocos sejam adicionados à cadeia. Mas também executa outra função muito importante – garante a segurança e a integridade de todo o sistema.

Como isso acontece?

Bem, como cada bloco contém o hash do último bloco como seu cabeçalho, até mesmo uma alteração em um caractere em qualquer das transações levaria não apenas a uma alteração no hash desse bloco, mas a todos os blocos da cadeia.

Isso significa que se alguém quiser alterar uma transação, terá que recalcular cada bloco que veio antes, o que exigiria uma quantidade impossível de poder computacional. Isso também significa que cada vez que um novo bloco é adicionado, o blockchain fica mais seguro.

E. Como o Proof-of-Work previne gastos duplos

Suponha que Alice tenha uma loja online que aceita pagamentos do Bitcoin. Bob chega ao site dela e faz um pedido para um iPhone. Se Bob escolher Bitcoin como a opção de pagamento, Alice, é claro, aguardará a confirmação do pagamento antes de enviar o iPhone.

Mas por causa da maneira como o blockchain funciona, Bob poderia tentar defraudar Alice iniciando duas mensagens de transação com a mesma assinatura – uma na qual ele envia o dinheiro para a Alice, e outra na qual ele envia para si mesmo em um endereço diferente.

Uma vez que Alice vê a mensagem da transação enviando o dinheiro para ela, ela envia o produto. No entanto, se a transação na qual Bob se envia o dinheiro chegar ao blockchain antes da transação legítima, então é o que vai acontecer – então Bob acaba recebendo seu iPhone gratuitamente.

Isso faz parecer que se Alice fosse inteligente, ela não enviaria o iPhone logo após a transmissão da transação, em vez disso, ela esperaria até que estivesse no blockchain.

Mas na verdade, nem isso é bom o suficiente.

Isso ocorre porque ocasionalmente, mais de um bloco é adicionado por vez, criando uma bifurcação na cadeia. Nestes casos, o próximo miner que terminar um bloco pode escolher em qual ramo ele deseja adicionar. Rapidamente, um ramo se tornará mais longo que o outro. Quando isso acontece, o ramo mais curto é despejado e todas as transações nele são desviadas de volta para o banco de dados.

Por isso, recomenda-se aguardar que pelo menos seis blocos sejam adicionados à cadeia antes de considerar uma transação completa. As transações que foram adicionadas recentemente ao blockchain são, às vezes, chamadas de transações ativas.

A partir disso, vemos novamente como o proof-of-work – isto é, fazendo mais trabalho computacional – protege as transações.

Mas vamos dar uma olhada em outra hipótese: E se Bob conseguisse criar duas ramificações, com um bloco contendo a transação legítima e o outro a fraudulenta? E acrescentou ao fraudulento à mesma taxa que outros miners acrescentaram ao legítimo. Alice, vendo o ramo com a transação legítima crescer, teria uma falsa sensação de segurança, levando-a a enviar o iPhone. Eventualmente, porém, Bob poderia tornar sua cadeia mais longa, enviando a transação legítima de volta ao mempool. Como ele tem a mesma assinatura da transação fraudulenta, se for recuperado novamente, será considerado inválido.

É uma hipótese interessante e, em teoria, poderia funcionar.

Mas, na realidade, é impossível.

Isso ocorre porque é preciso poder computacional e tempo para resolver e adicionar um bloco. Mesmo com um processador incrivelmente poderoso, para conseguir esse golpe, Bob precisaria controlar mais da metade da CPU na rede Bitcoin. É por isso que esse conceito é, às vezes, chamado de um ataque de 51%.

Na realidade, o ramo com a transação legítima terminaria por mais tempo e a transação fraudulenta seria descartada para o banco de dados. No momento em que é capturada por outro miner, porque a assinatura já foi usada na transação legítima, ela seria considerada inválida.

Tudo isso dito, mesmo que Bob tenha conseguido controlar a rede, a quantidade de tempo e recursos necessários para enganar o sistema simplesmente não vale a pena. Ele ganharia mais Bitcoin simplesmente minerando de acordo com as regras.

3. Como usar Bitcoin

Existem várias maneiras de usar o Bitcoin, mas todas envolvem basicamente o mesmo processo. Existem três etapas para usar o Bitcoin: adquirir o Bitcoin, gerenciar sua carteira e negociar Bitcoin para bens e serviços. Vamos dar uma olhada nos passos um por um:

A. Adquirindo Bitcoin

Além de minerar Bitcoin (o que discutimos na Seção 2), você pode simplesmente comprá-lo. Isso pode ser feito por meio de uma troca online ou por meio de uma transação Over The Counter (OTC).

Transações OTC são negociações feitas com outro indivíduo – geralmente através de um corretor que gerencia as negociações. Este é o método preferido para aqueles que procuram comprar somas muito grandes de Bitcoin (ou seja, em centenas de milhares ou milhões de dólares). Isso ocorre porque as trocas não têm liquidez para facilitar transações tão grandes.

Embora as negociações OTC não sejam regulamentadas como as trocas, um corretor responsável garantirá que nenhuma fraude ocorra. A Richfund, com sede na China, a Genesis Global Trading, de Nova York, e a Bitstocks, de Londres, são considerados corretores de alto perfil.

Para o usuário comum do Bitcoin, as trocas, como Coinbase, Coinmama ou itBit, são a maneira mais segura e fácil de obter Bitcoins. A fim de evitar taxas de câmbio, é melhor comprar de uma bolsa no seu país, que normalmente será diretamente integrada aos bancos locais.

As bolsas são extremamente fáceis de navegar. Você apenas acessa o site e segue as instruções de inscrição, e você pode começar a comprar o Bitcoin imediatamente.

O que é importante notar é que a maioria das bolsas exigem informações pessoais, como seu nome, e-mail e número de telefone. E, obviamente, se você estiver usando seu cartão de crédito para comprar Bitcoins ou fizer isso por meio de transferência bancária, ele também terá essas informações disponibilizadas.

Se você optar por usar uma bolsa, esse ponto no processo – quando você compra ou vende Bitcoin – é quando pode perder seu anonimato.

B. Gerenciando sua carteira

Na rede Bitcoin, possuir Bitcoin significa simplesmente ter um endereço e uma chave privada. Como discutimos acima, essa chave privada permite criptografar assinaturas digitais.

Sem uma chave privada, você não tem acesso ao seu Bitcoin e nenhuma maneira de provar que ele pertence a você, então você deve mantê-la em um local o mais seguro possível.

Você recebe uma chave privada quando recebe um endereço Bitcoin. A chave é uma extensão de dados de 256 bits, que também pode ser representado de forma alfanumérica. Por exemplo, as pessoas as usam em formato hexadecimal – o que significa 64 caracteres no intervalo de 0 a 9 ou A a F. A opção mais comum é usar o formato Wallet Import Format (WIF), que é de 51 caracteres alfanuméricos, o primeiro dos quais é sempre o número 5.

Veja um exemplo de uma chave privada do WIF:

5KJvsngHeMpm884wtkJNzQGaCErckhHJBGFsvd3VyK5qMZXj3hS

Perder sua chave privada é como perder seu Bitcoin. Se você perder sua chave privada, não poderá recuperar seu Bitcoin. Da mesma forma, se outra pessoa tiver sua chave privada, ela poderá retirar todo o seu Bitcoin.

Então, como você protege suas chaves privadas e suas moedas?

Uma opção é armazenar suas moedas offline. Armazenar suas moedas e chaves privadas em uma unidade USB garante que invasores e hackers não possam roubar suas informações. No entanto, se você perder essa unidade, ou se alguém conseguir roubá-la fisicamente, você estará em maus lençóis.

Outra opção é armazenar seu Bitcoin com um provedor de terceiros – ou cliente – que ofereça uma carteira Bitcoin. Este é um tipo de software que armazena os endereços e pares de chaves para todas as suas transações Bitcoin.

No entanto, o número crescente de ataques atualmente direcionados às trocas de criptografia tornou um pouco inseguro armazenar suas chaves com eles. O mais recomendado é armazenar suas chaves offline.

C. Fazendo transações usando Bitcoin

Fazer transações usando o Bitcoin é muito simples. Se você tem uma pessoa específica para quem deseja enviar dinheiro, só precisa do endereço Bitcoin, com o qual pode entrar no Bitcoin do seu cliente. Se a pessoa para a qual está enviando dinheiro usa o mesmo cliente que você, muitas vezes, tudo o que você precisa fazer é inserir o endereço de e-mail ao qual eles vincularam sua conta.

As empresas online que aceitam o Bitcoin geralmente têm um botão no qual você clica automaticamente para acessar sua carteira, permitindo que você faça o pagamento a partir de lá. Para carteiras instaladas em dispositivos móveis, eles geralmente fornecem um código QR que você pode escanear com seu telefone.

4. Como ganhar dinheiro com Criptomoeda

A tecnologia Blockchain é completamente nova e há muitas oportunidades para monetizá-la. Existem basicamente duas maneiras de você fazer isso – através da mineração e do investimento.

A. Torne-se um Miner

A mineração é um método lento, mas seguro, de ganhar dinheiro com o Bitcoin e outras criptomoedas. Como você se lembra, os miners são as pessoas na rede que validam as transações em troca de uma recompensa. No caso do Bitcoin, existem dois tipos de recompensas – uma que é recebida pela adição de um novo bloco e o outra para o recebimento de uma transação específica.

Criptomoedas diferentes têm mecanismos diferentes para pagar os miners; alguns podem apenas pagar por taxas de transação, enquanto outros os incentivam usando vários outros meios.

Você pode participar do processo de mineração doando CPU para a rede. Como uma CPU demanda eletricidade, é importante considerar como seus ganhos da mineração serão comparados aos custos que você vai ter. Isso dependerá do país em que você está e de quão barata seja a eletricidade nele. O custo extremamente baixo da eletricidade na China é a razão pela qual a maioria da rede de mineradores reside lá.

Outros fatores que contribuirão para o seu cálculo são o hash do seu hardware e o preço atual do Bitcoin.

Para miners mais sérios, há hardware especializado disponível com altas taxas de hash que darão ao miner melhores chances de resolver um bloqueio. Um CIEA (Circuito Integrado Específico de Aplicação) é o termo geral usado para tal dispositivo. Com a combinação de um CIEA e eletricidade barata, você pode achar lucrativo entrar no negócio de mineração.

Você pode ser um miner individual ou fazer parte de um grupo de miners que compartilham CPU. Este último é conhecido como pool de mineração e geralmente é uma boa ideia para quem não tem muito hardware. Em um pool de mineração, os membros são pagos proporcionalmente à quantidade de energia da CPU que eles contribuem. Para mineração de Bitcoin, os seguintes pools são bem conhecidos:

  1. Bitfury – baseado na Geórgia
  2. BTC.com – baseado na China
  3. Slush – com base na República Tcheca

Para outras criptomoedas, você precisará pesquisar de quais pools valem a pena participar. Geralmente, os pools são criados assim que a moeda começa a ganhar força.

B. Invista em Criptomoeda

O investimento direto é uma maneira rápida, mas arriscada, de ganhar dinheiro com criptomoedas. Se você não tiver tempo ou recursos para mineração, pode simplesmente comprar a criptomoeda de uma troca. O Bitcoin tem mostrado retornos surpreendentes nos últimos anos e chamou a atenção de todos os tipos de investidores.

Embora você possa comprar criptomoedas em qualquer momento, há um período de tempo especial em que a oportunidade de lucro (e perda) é mais alta. Isso ocorre durante a OIM (Oferta Inicial de Moedas). Para aqueles que estão familiarizados com o investimento em ações, você pode dizer que é semelhante a um OPI (Oferta Pública Inicial).

A OIM é um evento no qual as criptomoedas são inseridas no mundo e ainda não foram valorizadas. Naquela época, potenciais investidores avaliam o projeto e decidem se devem investir nele. Se o projeto for implementado e ganhar força, o valor das moedas aumenta, gerando lucro.

Vejamos algumas histórias interessantes em que as pessoas compraram o Bitcoin e ficaram chocadas mais tarde.

  1. Em 2009, um estudante norueguês pesquisando criptografia comprou 5.000 BTC por cerca de US$ 27, e depois esqueceu-se totalmente disso. Quatro anos mais tarde, quando a mídia colocou o Bitcoin no centro das atenções, ele se lembrou de sua compra e ficou surpreso ao descobrir que valia mais de US$ 886.000. Metade ele vendeu para comprar uma casa de luxo em uma área elegante de Oslo, e o resto vale US$ 28 milhões de acordo com a taxa de câmbio de hoje.
  2. Em 22 de maio de 2010, o programador de computador Laszlo Hanyecz comprou duas pizzas usando Bitcoin. Ele pagou cerca de 10.000 BTC, que na época valiam apenas US$ 41. No entanto, na taxa de câmbio atual, esses Bitcoins valem mais de US$ 67 milhões, tornando-as as pizzas mais caras já compradas. Em uma entrevista, Laszlo afirmou que, como o Bitcoin mal tinha valor na época, ele estava animado por poder comprar qualquer coisa com ele.
  3. James Howell, engenheiro de TI de Newport, começou a minerar o Bitcoin usando seu laptop em 2009. Ele coletou mais de 7.500 Bitcoins e depois parou. Mais tarde, ele vendeu seu laptop no eBay, mas antes de fazer isso, removeu o disco rígido onde suas chaves privadas Bitcoin estavam armazenadas. Ele manteve o disco rígido em uma gaveta na esperança de sacar o Bitcoin quando o seu valor tivesse aumentado. Mas alguns anos depois, durante a limpeza da casa, o disco rígido foi jogado fora por engano. De acordo com a taxa de câmbio de hoje, os Bitcoins perdidos valem mais de US$ 85 milhões. James queria realizar uma operação de busca no aterro – uma tarefa cara e complexa – mas devido a preocupações ambientais e a possibilidade de vazamento de gases perigosos, a operação não foi realizada.

Mesmo com todas essas histórias de grandes aumentos no valor do Bitcoin, no entanto, os investidores devem ter em mente que o valor das moedas criptografadas pode flutuar descontroladamente. Por exemplo, nos últimos seis meses, o Bitcoin aumentou e diminuiu drasticamente.

Criptomoedas em geral são altamente voláteis. Só porque o valor do Bitcoin aumentou tremendamente no passado, não garante que continuará a fazê-lo no futuro.

Nosso conselho é não investir mais do que você pode perder. NÃO desembolsar tudo ou uma grande parte do seu dinheiro arduamente ganho esperando grandes retornos. Você pode ter sorte, mas não vale a pena perder tudo isso se o preço sofrer uma queda significativa. Você pode ver as últimas taxas de câmbio Bitcoin na nossa Calculadora Bitcoin.

5. O Bitcoin é legal?

Com a crescente popularidade do Bitcoin, as criptomoedas em geral chamaram a atenção dos órgãos reguladores governamentais e financeiros. Ao contrário da moeda fiduciária falsificada, que é ilegal, na maioria dos países o Bitcoin em si é legal.

No entanto, devido à natureza anônima e não regulamentada do Bitcoin, muitos governos impuseram restrições ao seu uso. Alguns temem que o Bitcoin e outras criptomoedas levem a uma perda do controle financeiro do governo.

A maioria dos países não tem leis claras sobre o uso de criptomoedas, por isso, as pessoas geralmente ficam confusas quanto ao seu status. Portanto, é melhor verificar as regras do seu país em relação à legalidade do Bitcoin e ter em mente que essas leis estão sujeitas a alterações.

É totalmente ilegal manter Bitcoin na Argélia, Colômbia, Nepal, Bangladesh e vários outros países. Por outro lado, nos Estados Unidos, o Bitcoin não é apenas legal, mas é considerado uma commodity pela CFTC (Commodity Futures Trading Commission). Quanto aos impostos, as regras são semelhantes a qualquer outro ativo.

Em muitos países, como a Índia, o Bitcoin cai em uma área cinzenta, onde o governo não o declarou ilegal, mas desestimula seu uso emitindo alertas contra ele.

O que não deve ser declarado é que você não deve usar o Bitcoin para comprar ou vender itens ou serviços que sejam ilegais. Se um tipo de transação é ilegal usando moeda fiduciária, também é ilegal usar o Bitcoin ou, por sinal, qualquer outra criptomoeda.

6. O lado obscuro do Bitcoin

Embora o Bitcoin tenha muitas vantagens – as quais discutimos extensamente – algumas advertências do governo contra ele não são totalmente infundadas.

Isso porque existem elementos criminosos que buscam tirar proveito de toda a empolgação e campanha da mídia em torno do Bitcoin. Por exemplo, existem criminosos cibernéticos que lançam esquemas Ponzi prometendo retornos astronômicos sobre os investimentos. Somente depois que seu dinheiro desapareceu, as pessoas percebem que foram enganadas. Muitos governos estão, portanto, promovendo campanhas de conscientização, aconselhando as pessoas a permanecerem céticas e a investir com cautela.

Há também muitas outras maneiras pelas quais a criptomoeda é mal utilizada:

  1. Por causa do anonimato e da facilidade de transferência do Bitcoin, grupos terroristas tentaram angariar fundos em sites de mídia social usando seus endereços Bitcoin. Embora isso não tenha sido muito bem-sucedido no passado, não há garantias de que os terroristas não conseguirão em algum momento. No entanto, vale a pena observar que o anonimato de uma pessoa é restrito à rede blockchain. Depois que o Bitcoin for convertido em outra moeda, a identidade e as transações de uma pessoa poderão ser rastreadas por meio do seu endereço IP. E como todas as transações no blockchain são públicas, é muito fácil acompanhar o movimento de fundos.
  2. Em 12 de maio de 2017, um enorme surto de ransomware, conhecido como o ataque Wannacry, ocorreu em todo o mundo. Este malware assumiu o controle dos computadores das vítimas e exigiu dinheiro em troca de abandoná-los. Embora o ransomware usado não fosse novo, uma das características distintas desse ataque era que o dinheiro foi exigido na forma de Bitcoin. Este incidente obviamente trouxe muita publicidade ruim à Bitcoin. Para entender mais sobre ransomware e malware, confira este artigo.
  3. Existem muitos golpes online que levaram pessoas a terem seus Bitcoin roubados. O banco online típico tem várias camadas de proteção, como senha, autenticação de dois fatores, OTP, etc. Mas, no caso do Bitcoin, é preciso apenas segurar uma chave privada para esvaziar completamente a carteira de alguém. Os fraudadores roubam essas chaves dos computadores das pessoas com keyloggers, hacks de cavalos de Troia e ataques de phishing. Portanto, é importante proteger sua carteira do Bitcoin com a mesma cautela que você faria com o seu dinheiro. Sabe-se que outro tipo de golpe é realizado por certos vendedores online: Eles anunciam um produto com um grande desconto e só aceitam o Bitcoin como pagamento. Uma vez que o comprador paga, o vendedor envia um produto de qualidade muito pobre – ou pior, nada. E como os pagamentos do Bitcoin são irreversíveis, não há opção de recurso.
  4. Outra categoria de fraude envolve uma OIM. Como o mercado de criptomoedas é altamente desregulamentado, algumas pessoas deliberadamente lançam projetos blockchain fraudulentos. Eles prometem alguma descoberta inovadora e convencem os investidores a contribuir com capital. Mas em vez de realmente desenvolver o projeto, eles simplesmente declaram que não obtêm sucesso e levam todo o dinheiro investido para si mesmos. Como é fácil declarar falência, e investir sempre envolve o potencial de perda, há muito pouco que pode ser feito para proteger quem apoia esses projetos. Existem muitas OIMs legítimas também, mas pode ser difícil diferenciar as confiáveis e as fraudulentas. Então, se você considerar investir em um novo projeto de blockchain, é importante realizar a devida diligência antes de abrir sua carteira.

7. Outras implementações do blockchain

O Bitcoin foi o primeiro e continua sendo a maior implementação do blockchain. No entanto, desde então, as pessoas vêm com várias outras maneiras de usar o sistema.

A. Criptomoedas

Uma maneira que as pessoas usam blockchain é criando variações no Bitcoin. Elas geralmente se anunciam como versões melhores ou aprimoradas do Bitcoin e são conhecidas coletivamente como altcoins. Alguns das principais altcoins são:

  1. Litecoin: Litecoin lançado em 2011 e varia apenas levemente do sistema Bitcoin. Uma diferença é que leva menos tempo para gerar blocos. Em comparação com os 10 minutos necessários, o Litecoin gera um bloco a cada 2,5 minutos. Isso significa que as transações são verificadas mais rapidamente. Outra diferença é o algoritmo de hashing usado. O Bitcoin usa SHA256 para o algoritmo de proof-of-work, enquanto o Litecoin usa o scrypt. Uma característica do scrypt é que é mais difícil criar hardware otimizado para CPU ou GPU para resolver o quebra-cabeça mais rapidamente, tornando o sistema mais sério para os miners. Dito isto, hoje existem ASICS que podem ser usados ​​para minerar Litecoin.
  2. Zcash: o Zcash foi lançado recentemente em 2016. Como o Bitcoin, ele fornece transações seguras em um livro distribuído. No entanto, o Zcash é diferente do Bitcoin, pois usa um algoritmo proof-of-work diferente (chamado zk-SNARK) e emprega uma estratégia de privacidade diferente. No sistema Bitcoin, o remetente, o receptor e a quantia de dinheiro que está sendo transferida são todos públicos, enquanto que com o Zcash eles podem permanecer privados e blindados. No final de 2017, o Zcash já havia ultrapassado um valor de mercado de um bilhão de dólares.
  3. Dogecoin: o Dogecoin foi realmente lançado como uma brincadeira em resposta ao que alguns percebem como mania de criptomoeda. Seu logotipo é uma moeda com o rosto do cão conhecido do popular meme da Internet Doge. É uma réplica completa do Bitcoin e não oferece diferenciação ou aprimoramento, principalmente porque não foi feito para ser levado a sério. Inicialmente, o valor da moeda era extremamente baixo. No entanto, seu valor disparou significativamente e começou a atrair investidores sérios – atingindo recentemente um valor de mercado de dois bilhões de dólares. Os criadores, descontentes com o fato de que a moeda se tornou a mesma coisa que deveria zombar, acabaram se afastando do projeto. Finalmente, o valor diminuiu significativamente quando Ryan Kennedy, proprietário de uma bolsa da Dogecoin chamada Moolah, foi preso por fraude. No entanto, a partir de janeiro de 2018, a avaliação começou a aumentar novamente.

B. Implementações não monetárias

Como mencionado acima, o sistema blockchain é aplicável a mais do que criptomoedas. Há muitas outras ideias novas baseadas no conceito que valem bilhões de dólares.

  1. Ethereum: Ethereum é para aplicações o que o Bitcoin é para a moeda. Ele fornece uma infraestrutura para que os aplicativos sejam executados sem um servidor central. Como o Bitcoin, depende dos nós na Internet. Nesse caso, os nós fornecem a CPU necessária para a execução de um aplicativo. Para evitar abusos e eliminar aplicativos de baixa qualidade, a Ethereum exige que os aplicativos gastem uma moeda chamada ether. O código desenvolvido na rede Ethereum é executado por um software chamado de a máquina virtual Ethereum. Os desenvolvedores usam contratos inteligentes para desenvolver o aplicativo, que são executados automaticamente sempre que condições especificadas sejam atendidas. Por exemplo, um contrato inteligente poderia enviar automaticamente um produto assim que o pagamento fosse recebido. Os aplicativos Ethereum são chamados de ADs (aplicativos descentralizados) e centenas deles já foram lançados com sucesso. Exemplos são os aplicativos que lidam com assinaturas digitais, software de previsão, gerenciamento de cobrança de carros elétricos e sites de jogos de azar online.
  2. Ripple: enquanto o Bitcoin é destinado ao público, o Ripple é destinado a bancos e redes de pagamento. Atualmente, os bancos utilizam o protocolo STFIM (Sociedade para Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais), que exige o envolvimento de intermediários. Isso, além de flutuações nas taxas de câmbio, muitas vezes leva a atrasos nas transações. O Ripple permite que as instituições financeiras transfiram, liquidem, remetam e troquem pagamentos em tempo real sem incorrer em grandes custos. Embora ainda não tenha sido adotado oficialmente, muitos bancos já começaram a usar o Ripple nas fases de teste. Uma diferença importante entre o Ripple e o Bitcoin é que nem todos podem entrar na rede. Os computadores precisam se identificar e precisam de permissão para participar. Nesse sentido, não é verdadeiramente descentralizado ou público.

Como vimos, existem alguns aspectos negativos do Bitcoin, e eles devem ser abordados. No entanto, isso não significa que devemos abandoná-lo completamente. A Blockchain é uma verdadeira inovação capaz de resolver inúmeros problemas. Cabe a nós sermos inteligentes e usá-la apropriadamente.

 

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Sobre o autor

Harsh Maurya é um entusiasta de tecnologia que contribuiu com diversas ferramentas de código aberto e gratuitas ao público. Em seu tempo livre, ele também gosta de conscientizar sobre segurança de rede e é autor do livro How Not To Get Hacked (Como Não Ser Hackeado).

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